Polícia Civil indicia oito suspeitos por sumiço de empresário no interior de SP; veja lista
07/07/2025
(Foto: Reprodução) Investigações apontam que Nelson Carreira foi morto a tiros durante reunião de negócios e teve corpo jogado em rio; ele não foi encontrado. Duas pessoas estão presas, mas homem apontado como atirador segue foragido. Polícia indicia oito pessoas pela morte do empresário Nelson Carreira Filho
A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (7) as investigações sobre o desaparecimento do empresário Nelson Carreira Filho, em Cravinhos (SP). Ao todo, oito pessoas foram consideradas culpadas e indiciadas por diferentes crimes.
As investigações apontaram que, no dia 16 de maio, Nelson foi morto a tiros durante uma reunião de negócios em uma fábrica de suplementos e teve o corpo jogado em um rio. Até hoje, o empresário não foi encontrado (veja abaixo detalhes).
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Os indiciados são:
Marlon Couto Junior - dono da fábrica de suplementos e suspeito de matar Nelson a tiros
Tadeu Almeida Silva (funcionário de Marlon) - suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio
Marcela Almeida (esposa de Marlon) - suspeita de ir com o marido para São Paulo, no dia seguinte ao desaparecimento, prestar apoio à família da vítima
Felipe Miranda - suspeito de ajudar Marlon a jogar o corpo da vítima no rio
Murilo Couto (irmão de Marlon) - indiciado por falsidade ideológica e ocultação de cadáver
Os pais de Marlon e uma oitava pessoa também foram indiciados, mas eles não tiveram nomes divulgados.
Dentre eles, apenas Tadeu e Felipe estão presos. Marcela também chegou a ser presa, mas a Justiça concedeu liberdade a ela no último dia 29 de junho.
Já Marlon está foragido, porém confessou, por meio de uma carta enviada à polícia, que matou Nelson. Ele também disse que o empresário foi jogado no Rio Pardo, em Miguelópolis (SP).
Até a última atualização desta reportagem, não havia mandados de prisão contra os demais indiciados.
O inquérito será enviado ao Ministério Público (MP), que irá decidir se oferece ou não denúncia à Justiça.
O g1 tenta contato com a defesa dos suspeitos.
O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP
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O caso
Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos. Até o momento, três pessoas estão presas temporariamente por envolvimento no caso. O principal suspeito, Marlon Couto, está foragido.
A Polícia Civil acredita que Nelson tenha sido morto por desavenças comerciais. Ele teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que tinha patenteado e cobrava R$ 100 mil do parceiro.
Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos de Marlon, se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.
Segundo o delegado Heitor Moreira, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Felipe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar o corpo da vítima no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho.
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