Polícia de Campinas apreende 370 garrafas de uísque e vodka e prende suspeito de falsificar bebidas alcoólicas
17/06/2025
(Foto: Reprodução) Após denúncia anônima, homem de 41 anos foi detido em um galpão em Campo Limpo Paulista (SP). Polícia investiga participação de outras pessoas na fabricação dos produtos. Bebidas eram vendidas para comércios de toda a região. Polícia Civil de Campinas prende suspeito de falsificar bebidas e apreende 370 garrafas
Após uma denúncia anônima, um homem de 41 anos foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (16), pela Polícia Civil de Campinas por armazenar e distribuir bebidas alcoólicas falsificadas. Ele foi detido em um galpão que servia como base de armazenamento de produtos, localizado na Rua Lorient, em Campo Limpo Paulista (SP).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que o autor confessou a prática aos policiais. Durante as buscas, os policiais encontraram mais de 370 garrafas de uísque e vodka, rótulos e embalagens de marcas conhecidas, usados para a adulteração.
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De acordo com o delegado da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Luis Fernando de Oliveira Dias, um dos responsáveis pela operação, o local não realiza a fabricação, apenas o armazenamento de produtos.
"Esse imóvel seria utilizado como forma de um entreposto, ou seja, um local em que esse indivíduo armazenava as bebidas, muito provavelmente oriundas de uma fábrica, que ainda é objeto de investigação, para a posterior destinação aos comércios da região", contou.
Até agora, a polícia trabalha com a hipótese de que há um grupo por trás dessa produção e de que o homem detido seria o responsável pelo armazenamento da mercadoria. A investigação segue em busca dos demais criminosos e do local de fabricação das bebidas falsificadas.
Polícia Civil de Campinas apreende mais de 370 garrafas de uísque e vodka adulteradas em galpão em Campo Limpo Paulisa (SP)
Aline Albuquerque/CBN Campinas
As garrafas foram apreendidas e serão entregues para a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que será responsável por evitar que o material retorne ao comércio. Além disso, a polícia aguarda resultado do laudo pericial para saber a composição exata das substâncias.
Ainda não se sabe para quais estabelecimentos a mercadoria seria encaminhada, mas as investigações apontam que os produtos eram vendidos em comércios de toda a região de Campinas (SP).
O caso foi registrado como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e localização/apreensão de objeto na 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas.
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Crime contra a saúde pública
A prática de falsificar, alterar e adulterar substâncias — seja em bebidas, alimentos ou medicamentos — coloca em risco a saúde da população é considerada um crime contra a saúde pública.
O crime está previsto no artigo 272 do Código Penal e a pena vai de 4 a 8 anos de reclusão e multa, tanto para quem produz e armazena, quanto para quem vende.
"É um crime bastante grave e é importante a gente esclarecer que esse tipo de crime não responsabiliza só quem fabrica. Rsponsabiliza, também, quem armazena e quem comercializa. Então, adegas, mercados, qualquer loja que se dedique ao comércio desses produtos, se forem surpreendidas na posse, não importa a quantidade, elas também serão responsabilizadas por esse mesmo crime", explica o delegado Marcel Fehr, que atua nas investigações.